quinta-feira, 27 de setembro de 2007

amigo

Adentra pelo recinto
O bendito violão
Carregado de ousadia
Usado.
Fazedor de harmonia.
Portal para a inspiração.

domingo, 23 de setembro de 2007

SUM PAULO OU ANGÚSTIA DA CIDADE

A dúvida no ato me pegou desprevenido

O estampido do estalo de relance

Me fez pensar no instante

Da alta madrugada da Consolação.

Prédios e fumaça não me consolam
Metrôs e avenidas não me redimem
O que passa debaixo da terra
A mais de 200 por hora
É só mágoa e esperança
O que mata a massa de matéria não tem catedral que resolva.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

algumas palavras sobre o inexplicável

o infinito é uma onda

daquelas tão grandes que ninguém consegue surfar

uma onda que varreomarcéueterrasem ter espaço

pra escoar

e vai levando estrelas consigo
constelações inteiras
quando não galáxias.

Me contento em apenas
sentir sua microlésima passagem
Me arrepiar

Saber que o infinito passou por mim


E passa sem parar.

domingo, 16 de setembro de 2007

despistar-se
Das causas nada memoráveis
Contornáveis pela tangente

Tanta gente.

Confundir-se.
Confundem-se elas, que confundem a nós
E todos presos ficamos
Todos nós
Que tanto nos amamos

Todos sós.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

SINGULAR I.D

olhos abertos
penetram o ar

dilatadas pupilas
rodando ao pensar

máquina dissonante
falha ao copiar

adiciona um instante
anexa um singular

Produz um momento.
M= d X a

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Olhares em turbilhão

desencontros numerosos

tentativas em vão.

O silêncio que precede a palavra
Minunciosamente pensada
Cortada e recortada
Por entre decotes e coxas

A fêmea avista de longe
E vira o rosto de perto
perfumes se misturam no ar
pensamentos perdem-se ao longe
Haverá chance concreta
Ou seria mera especulação?
Quão farto mercado
Vastíssimo ecossistema
Que transforma em poema
Olhares olhados em vão.

Seguidores

Creative Commons License
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.