sexta-feira, 8 de agosto de 2008

impulso lunar

Foi culpa da lua
Não tardou iluminar
Noite fez manhã
No escuro se via
É o dia, é o dia
Num olhar
Avançam marés
O homem e a mulher

Corre, não se esqueça, não me esqueço
Que o medo é o começo
É preciso mais que o medo
É preciso mais
É cedo

ter coragem
caminhar

Que ainda é cedo
Ainda é pouco
É tão pouco quase nada

pro luar

Ela que empurra as palavras pra fora
Influi no oceano
Mais branca que o sal
Ela que empurra as palavras pra fora
Influi no oceano
Mais branca que o sal

Ela que invade os meus olhos
Sorriso no olhar
Ficando mais tempo a mirar, aquele tempo
De pensar ainda é tempo

caminhar

sábado, 2 de agosto de 2008

o mel não cai no chão porque continuo girando a colher

um lugar

pra ver o sol
nascer e morrer

pra sentir o cheiro do mundo
o barulho faltando das árvores
as primeiras estrelas da tarde

O lugar
quem sabe
os lugares

rios descendo em escalas maiores
tangerinas sobrando nas árvores
com vocês: o céu
com vocês: a lua nova
com vocês: o barulho do vento

é dificio:
mas
de dia, a noite parece a coisa mais absurda do mundo

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