terça-feira, 25 de março de 2008

medo

às vezes salva uma vida

receio que sempre emperre outra

é a dose quem decide
se são doze
ou cento e vinte
se as pernas paralisam no meio da avenida
ou se o susto do beijo roubado
rende aquela paixão
mais do que bem-vinda

são segundos
vidas de partículas microscópicas
estilhaços de possibilidades
soprados de uma vez
uma
apenas uma vez
por mais que se lamente e se tente desesperadamente repetí-la

uma vez.

Um comentário:

Eduardo Politzer disse...

bicho, nao e que e isso mesmo?


o medo que paraliza é o mesmo que empurra

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